segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Descontrole!

Após aquela comilança e bebânça de festa natalina, cá estou eu a filosofar sobre o mundo...

E desta vez o tema é o "descontrole".

Entra ano, sai ano, e a gente teima em achar que está no controle de tudo.
Não conseguimos entender nossa "pequeninice" e nossa distante capacidade de entender o que julgamos saber e achamos mais fácil que andar para frente.

Acho engraçado em como a falsa sensação de "poder" que o ser humano exibe a cada atitude o leva a crer piamente que está sentando em um trono e controlando cada passo que o mundo a sua volta dá.
Achamos que os fatores da natureza são controlados facilmente, como em uma conta matemática, onde
2 + 2 = 4.

É como acreditar que pode-se interferir na morte, pode-se clonar um corpo e nele colocar a mesma vida ou que controla-se seu destino através das cartas e números.
É como congelar-se e acreditar que a vida pode voltar daqui 100, 200 anos....

Esqueça toda e qualquer discussão religiosa, espiritual ou política.
Sobre futebol então, nem ouse me perguntar. Péssima referência, péssimo torcedor.
Todos temos algum tipo de superstição, por mais besta que seja.
E elas funcionam como amuletos, tal qual os santos.

No meu ponto de vista, os santos são isso: amuletos nos quais você se apega, acredita e, devido à energia que faz girar em torno de você, consegue motivação pra correr atrás do seu objetivo e conquistá-lo.
Mas não houve nenhuma "mão santa" ou alguma força divina por trás disso.
Apesar de não podermos controlar tudo, como pensamos, dê valor para as suas conquistas.
Entenda que elas foram por merecimento próprio.

E de que adianta acharmos que entendemos de tudo e que estamos no controle, se o amanhã não conhecemos?

Aqui vai o trecho de uma música do Lenine, que eu gosto e que traduz tudo o que eu disse, praticamente:

"Solidão, no silêncio das estrelas, a ilusão
Eu pensei que tinha o mundo em minhas mãos
Como um deus, e amanheço mortal...

E assim, repetindo os mesmos erros, dói em mim
Ver que toda essa procura não tem fim
E o que é que eu procuro, afinal?"


Descubra o que você procura.
Encontre o que você deseja.
Faça o que você gosta.

Mas lembre-se: assuma o controle do seu descontrole.

Abraços descontrolados.