domingo, 25 de dezembro de 2011

Espaço

Acordei ao lado de uma mesa, uma sala pequena com muitos papéis e livros de enfeite. Olho para frente e dou de cara com ele, o bigodudo do Brasil, Sarney!
Pensei que estivesse morrido e chegado ao inferno, pedi que, sendo ele o capeta, fosse com calma.
- Com calma, meu filho? Você anda fazendo muita noitada com os deputados, hein..
- Eu, seu Sarney?!
E pegou um baseado, acendeu e baforou bem nas minhas fuças..
- Pô, Sarney, não fod...

Agora estava num barco, velocidade alta o suficiente para meu estômago embrulhar e emendar em uma borrifada ao mar, coisa linda do Brasil.
Neymar dançava ao som de Catra, o tal adultério dos infernos e não sei o que..
Vou atrás do recém-fenômeno para perguntar como havia chegado ali e, no meio do caminho, me deparo com uma atriz de novela, global, isso eu sei.
Mas não lembro o nome.. como era mesmo...
- Tatuzinhooooo, vem aqui... - e mirou os grandes olhos e beiços em minha direção..
Oi? Foi pra mim?! Peraeu!!!

Sem me dar conta tudo se apaga e acordo com o estômago embrulhado novamente.
Desta vez pelo cheiro... Vodka pura isso, meu senhor?
O cheiro vinha do copo que estava em cima do bar.
Mas que bar era aquele?
Viro-me para trás e mulheres dançam, casa lotada dentro dos conformes, dólares e reais confundem-se nos fios das calcinhas..
Ok, duas tequilas, por favor.
Levo um susto, ao meu lado! Aquele bigode... só podia ser... Nietzsche!
Caceta, agora sim ia poder entender melhor os livros do cara se eu pudess...

Acordo na minha cama, suando em bicas, papel e caneta ao lado abandonados há algum tempo...
Injustamente, dependem de mim para poder funcionar.
De tanto pensamento guardado e sonhado, aquilo que sobrou é fruto de um sinal.
Sinal para eu voltar a escrever antes que o mundo acabe em 2012!!!!

E viva a nossa volta, Loucura!

Assim seguimos.