quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Chorar

Eu tento, me esforço, desespero.
E nada.

Parece que as lágrimas secaram há tempos.
Bom e ruim, vos digo o motivo:
Vejo nas pessoas que choram, destas que se emocionam e "desabam" em público, uma sensibilidade e uma leveza extrema.

Acho que sou um tanto carrancudo.
Lembro e conto nos dedos os dias e os motivos pelos quais chorei.
E, em sua maioria, foi tristeza.
De alegria somente duas.

Em momentos que tentei, pensei "Putz, chorar agora ia ser bom", forcei.
Fiquei só na careta e na contração abdominal.
Um ato quase que ridículo, se não, desesperador.

Mas há anos que uma lágrima não escorre.
E não foi por falta de tentar.
Vejo e admiro as pessoas que choram, com motivo.
Elas transparecem sinceridade no coração, daquelas que ninguém consegue tirar.

E, caso tentem arrancar esta habilidade de você, não se permita.
Impeça o quanto antes, para não lamentar-se depois.

"Triste é não chorar...", como diz Nando Reis.

Não digo, não peço, não imploro para ser um chorão.
Longe de mim. Irca.
Chorar aliás, não se faz uma necessidade, no meu caso.

Mas admiro as pessoas assim, a representação do sentimento tão próximo, tão livre...
Talvez nunca atinja esse nível.
E não com remorso, arrependimento, desespero.
Se não atingir, é a beleza das diferenças: entre os carrancudos e os chorões, fico no primeiro time, sem problemas.

Não quero, neste texto, elogiar emos, emas, patos ou patas.
Nem estimular que saiam chorando pelos cantos ou se debatendo.

Quero elogiar você, que consegue colocar à tona o sentimento extremo de felicidade ou tristeza.
Você, que entende que chorar não é apenas um efeito fisiológico onde há alta produção de lágrimas nos olhos...

E se você não o aproveitar com a ocasião, fica parecendo um imbecil manhoso..
Tipo assim:





Abraços carrancudos.

Tequilas por minha conta.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Horizontal ou vertical?

Eu sinto, vejo, amo, odeio, impossível...
Tenho raiva da canalhice, honro meu nome e dos que me querem bem.
Percebo, mudo, tento, mordo.

Não amo nem odeio demasiadamente algo que não me leve a lugar nenhum.
Mil coisas andam, perambulam e cometem.

Somem dizeres, entram ações.
Ensinam coisas erradas, protestam-se depois.
Lamentam.

Uma tentativa infinita e fracassada de querer julgar-se bem.
Não temo, não mudo, concretizo.

Entendo o que você me diz e tento responder à altura, a qual não sou totalmente compatível.
Se for, nada muda.

Se é horizontalmente ou verticalmente, o que importa é o resultado final?
Tudo depende..
Contudo, no entanto, esclarecendo: há controvérsias e é nelas que eu te desafio!

E se me questionas, não fazes mais do que sua obrigação como pessoa.
Não quero que consinta, quero que me pergunte, quero que duvide.

Se não há perguntas a fazer, não há o que conversar.
Quando não, estamos amarrados.
E é essa amarra que eu quero soltar.

Não se prender, repreender, omitir.
Falar a verdade, a mentira, a sacanagem...

Querer bem, querer mal.. não negues!
Sei que, vez ou outra, queres mal...

E se o "mal-dizer" esquentasse mesmo as orelhas, as minhas teriam derretido.
Mal diga, mas faça alguma coisa.
Senão, de nada você vale.

"O negócio", como diz o grande Frota, é soltar as amarras das idéias!

Depois, coloca fogo que eu apago.
Dessa vez é por minha conta.

Graçom, duas Cuba Libres.
Abraços inconsequentes.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Da perereca aos dizeres de vovó

Ultimamente têm aparecido pererecas em casa.
Na garagem, para ser mais específico.
Procuro alguém que saiba decifrar este enigma.

Fora isso, se o ano começa só depois do carnaval, eu caí da cama e entrei no esquema punk-rock da Maratona 2011.

Tentando tomar ar e ter tempo para postar as fotos de tatuagens novas, o que quase nunca consigo fazer (ou é isso ou escrevo).
Daí você escolhe entre tomar fôlego e ouvir os conselhos da vovó.
Nessa semana, ontem, mais precisamente, eu fiz uma tattoo em homenagem familiar: a emoção foi grande.

Aliás, finalmente consegui me tatuar, há tempos que estava sem uma tattoo nova no corpo.

Isso me deixa um tanto quanto reflexivo, tipo "Há espaços em branco, por que você ainda não preencheu?!"
Tô brincando.
Mais ou menos...


Estúdio de um amigo, onde trabalhei por 3 anos da minha vida..
Ele está com filhotes de Bull Terrier e dois coelhos gigantes.
Do cacete os bichanos!!

Consegui recuperar as energias entre domingo e segunda.

E minha cabeça parece um turbilhão, eu até me assusto com as coisas que eu consigo pensar..
O difícil é passar esses pensamentos para frente e fazer-se entender.

Brasileiro pouco lê, esse é um motivo para que eu continue com o blog!!
Quero que você e todos que, vez ou outra, passam aqui para ler, comecem também a chegar aos livros, se é que não o fazem.
Missão impossível?
Não acho.

Se conseguir te colocar isso na sua cabeça e você fizer o mesmo com um único amigo, já sou vitorioso convicto.

Cheguei hoje em casa e a louça estava de matar, mas levei a atividade com destreza e estava quase fazendo textos com sabão, mil coisas passaram, risos sozinho e alívio de dor...

Dia tenso, atividade incontrolável.

Mas o fim do dia com sabor de realização, é o que interessa.
Ou você vem me dizer que o Big Brother "tá bombando?".
Melhor não: como disse hoje no Facebook, existem dias em que você chutaria a cara de alguém, como fez Anderson Silva.
Mas você se controla para não gerar problemas.

Pensamentos soltos hoje, a vestimenta é calça jeans e havaianas.
Sem camiseta, seguindo os conselhos de minha avó:

"Menino, daqui a pouco, com tanta tatuagem, você não vai mais precisar usar camiseta!"

E eu, retruco: "É essa a intenção, vó...".

Abraços involuntários do boneco de posto.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Ir para a escola

O ato de ir para a escola sempre me remeteu ao "sofrimento".
De uma forma ou de outra, não adiantava, não importava...

Nunca fui teórico, é isso! Hoje eu entendo..
Meu negócio é na prática: você pode ficar o dia todo me explicando como algo funciona, se eu não mexer, não vai adiantar.

E a escola nunca entende esse lado, é sempre lousa e caderno.

Além disso, dividia meu espaço com pessoas que sonhavam em ser doutores e engenheiros, até jogador de futebol..
Enquanto eu queria ter uma banda e viajar o mundo, me tatuar inteiro e fazer apologias!
Cara, quanto sonho em atitude, que parecia tão simples!

Você acaba se afastando da massa, não adianta.
E nesse afastamento, junto vem as notas do boletim, que nunca foram boas, muito menos as melhores.
Será o possível que você não pode escolher para que lado caminhar, já no colegial?

Cara, se você tem mais dons artísticos ou na área de humanas, deviam te dividir ali dos que preferem exatas ou biológicas.
Faz uns bons anos que eu deixei a escola, mas insisto nessa minha teoria.

Isso, pressupondo que os moleques e as meninas sintam, como eu sentia bem cedo..
Tudo bem que não seja sempre assim.

Aí, pronto, você sonha em ser baterista de uma banda famosa, ser tatuado e ganhar dinheiro.
Mas a realidade bate na sua porta quanto você monta sua primeira banda e acha que vai sair por aí cuspindo pro mundo.
Vai não, velho.

Mas uma hora você se acerta.

E, não nego, a saída da escola foi o mesmo que perder 100kgs extras que me pesavam.
Pensei, bom, bora fazer uma faculdade, todo mundo te diz que sem faculdade você não vai ser ninguém.
Primeiro que hoje, isso é totalmente relativo. 
Segundo que depende muito do que você quer fazer da sua vida.

Fui lá eu fazer faculdade.. mas a arte me chamava, era mais forte do que eu e tudo se entrelaçava para o "destino" me colocar nesse caminho...
E quanto você realmente se vê na oportunidade de fazer o que gosta sem dar satisfações a ninguém, a coisa anda.

Por isso eu insisto: sempre, faça o que você gosta, não o que gostariam que fizesse!!!

Títulos impressionam, mas o teu coração tem que ser satisfeito diariamente, a sensação de "missão cumprida" a cada dia, a cada trabalho...
Nenhum dinheiro compra a tua realização pessoal.

Um pedinte na rua me disse que se a gente praticasse o bem, a lua nos ajudaria..
Será que é ele que está louco ou somos nós, que nos achamos normais?

E agora me deixa que é domingo, vai...

Abraços colegiais.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Sentidos

Todo mundo tem um sentido mais aguçado que outro.
Aquele sentido que funciona antes de todos..

Do meu sentido, vejo se estou no caminho certo
Escuto os sons que vêm de perto, sinto se é hora de ir ou vir
Tento atender ao pedido maior que zomba meus ouvidos como mil vozes gritando
Batem lá no tímpano sem dó nem piedade

Vai ver que esse seja meu sentido mais aguçado
Sorte ou não, eu gosto dele..

E não há nada que me faça querer tentar entendê-lo.
Basta.

Se a audição e a visão unem-se para tornar um sentido só, não posso agir contra a natureza.

Mas tem gente que não percebe isso..
Senta, conversa, escuta e não entende.

Faz, mexe, entra e não decide.
Satisfaz o primeiro gole, o SEU gole.
E deixa que o outro se vire.

Se vira, se torce, se acha, se acaba...

Não estou querendo dizer que eu entendo e ponto.
Mas que eu tento.
E parece que consigo...

Mas, quer saber?
O melhor dos sentidos, é sentir.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Pessoa-Incrível

As pessoas dividem-se, basicamente, entre dois tipos:
- As que querem sempre te ver melhor;
- E as que querem sempre te puxar para baixo.

Fato que as pessoas que tentam diminuir teu valor são as que mais existem.
Mas as pessoas boas estão sempre por perto.
Circulando como anjos que não existem em lugar nenhum e você sente a segurança por tê-la ao seu lado, cuidando e guardando o que é bom.
É inacreditável como uma única pessoa incrível destrói rapidamente milhões de pessoas ruins.

Por isso gosto de escrever em meu corpo, palavras de luz.
Escrevo positividade e ela circula como parte do meu sangue, como parte do meu corpo ou parte do meu sexo.
Entenda que você pode ser o que quiser, fazer o que tiver vontade.
E aceitar que alguma pessoa-incrível te deixe permitir sua presença.

Defino aqui, Pessoa-Incrível, como um verdadeiro super-herói.
Você com certeza tem um em sua vida.

E, de todo o jeito, quando alguém ruim percebe que você tem uma pessoa-incrível ao teu lado, sente que não pode-se permitir o mesmo, não atinge essa felicidade de jeito algum.
Então essa pessoa continua a entrar na própria decadência, indecência.
Não que eu queira.
Você não pode renegar alguém sem motivo.

Mas ela insiste e cai, se joga, se perde...

Como diz um grande amigo meu (não só na altura, mas no coração): "Você leva o burro pra beber água, mas não pode beber água pelo burro..."

E então, você e sua Pessoa-Incrível seguem de mãos dadas, de cabeça erguida.

E vocês dominam a situação.

Só chega lá quem corre atrás, ninguém corre por você.
E o caminho é tão longo quanto a extensão do seu corpo, aquela curva da esquina do seu quadril...

Então, para aqueles que tentam te derrubar, mande AGORA um FODA-SE bem alto em um mega-fone em frente à sua casa.

Para aqueles que seguem iluminados junto com você, um OBRIGADO eterno dentro do coração e um SORRISO NO ROSTO que vale mais que qualquer coisa...

Ainda mais se conhecerem o tipo de sorriso que eu conheço.

"Guardei, sem ter porquê, nem por razão, ou coisa outra qualquer
Além, de não saber como fazer, pra ter um jeito meu de me mostrar
Guardei, vendo em você, explicação, nenhuma isso requer
Se o coração bater forte e arder, no fogo o gelo vai queimar..."



Abraços agradecidos.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Mente pelancuda

Alguns de meus heróis morreram, sim, de overdose e alguns poucos inimigos estão no poder.
E isso não quer dizer que eu vou morrer do mesmo jeito ou "politizar" minha vida.

É o mesmo que se perguntar: "Mas eu vou fazer essa tatuagem agora, e quando eu ficar velho??"
Dá a impressão de que a pessoa vai ficar tão pelancuda que nem se quer conseguirá sobrar uma parte intocável...

Pelancuda é a sua cabeça em acreditar nisso.

E o que mais temos no mundo é mente pelancuda, daquelas em que os cérebros engordaram muito com tanta informação e emagreceram de repente, com toda a sucção externa

E tem gente de olho no teu prato.
Ah, se tem...

Eu, aliás, adoro comer comida do prato dos outros.
Diga-se de passagem, do prato de pessoas que eu conheço, fique claro.
E, mais particularmente ainda, adoro comida crua.
Deve ser pelo jeito "cru" de ser.

Quem tem pressa come cru.
Eu tenho pressa, lá vou eu.

Pressa de chegar a lugar nenhum, minha mente é apressada mas o corpo não corresponde sempre com ela.
Então fica aquele impasse, deito e não durmo. Sento e levanto.
Raramente deixo pra amanhã.
O aqui e o agora me angustiam, parece que preciso me livrar logo dele, mas sempre aparece novamente.

E quantas vezes não como comida gelada?
Tem gente que sente nojo.
Nojo, aliás, é uma palavra escrota.
É o que eu acho.

Quem te disse pra comer sempre quente?
Qual é a regra por aqui?

E aí é que entra o sushi.
Eu sou fanático por eles.
Vou no restaurante japonês e só como sushi, mais nada.
Ah, e sem shoyu.

Mas, quer saber mesmo??
O que importa é que você sinta-se bem com o que come.
Independente do que ou da forma.

Agora, se a sua mente pelancou, como a constituição do Brasil, prefira morrer de overdose.
Pois seus inimigos continuarão no poder...

No mais, se você leu até aqui, quero te fazer um apelo: LEIA.
Leia, leia e leia cada vez mais!
Não somente o Loucura em Versos ou o Twitter.

Leia livro, domine eles, domine a canalhice nacional.
Ou você não percebeu que toda essa zona acontece por falta de conhecimento e informação?

Recomendo, fortemente o livro "Pornopolítica", do Arnaldo Jabor.
E a música "Monóico" do Nando Reis, pra te confundir.


Só pra aquecer.

Abraços crus.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Tatuagem dói, moço?

Acho que a pergunta que eu mais escuto dos marinheiros de primeira viagem é essa.

Entendo a dúvida, mas não posso omitir o fato.
Sim, a tatuagem dói!

Mas não há nada insuportável.
A não ser que você tatue a cabeça ou a palma da mão... aí eu consideraria "quase insuportável".
Ouvi dizer de um estúdio de tattoo que foi lacrado pela vigilância, o cara estava aplicando anestesia local nos clientes...

Pra quem não sabe, anestesia local pode ocasionar um CHOQUE ANAFILÁTICO, se a pessoa for alérgica e não souber. E é COMUM não saber disso.
E isso leva à MORTE.

Me desculpe você, tatuador, que aplica anestesias locais (de seringa), eu defendo a opinião de que estamos lidando com a vida das pessoas.

Mas isso é outra história...

Fato é que a dor faz, e sempre fez, parte da tatuagem.
Sempre caminharam juntas.

E, se fosse algo insuportável, com certeza não teria tanta gente se tatuando por aí..

Mas acaba sendo tão relativo se você souber que não há "dor" igual.
Nenhuma se compara, é algo exclusivo.

Quanta gente não tenta achar comparações para a dorzinha gostosa da agulha?

"É tipo uma injeção, moço?"
"É tipo tirar sangue?"
"Dói mais que depilação com cera quente?"
"Será que eu vou aguentar?"

Eu me divirto.

Uma coisa é fato: se você têm dúvidas quanto à dor de uma tatuagem, faça a primeira.
Depois, a dorzinha e o barulinho vão te chamar de volta.

Todo mundo volta.
Até os que fazem na costela ou no cotovelo...

Ando tatuando várias pessoas pela segunda, terceira vez e isso é a prova de tudo o que eu disse.

Com relação a anestesia, eu nunca usei. E não vou usar!
Acho que dor, prazer, tatuagem e cultura estão todas envolvidas..
É como na Yakuzza, onde os homens demonstram sua "braveza" e "honra" através da tattoo.
Além dos marinheiros, que tatuavam-se e eram considerados símbolos de "coragem" e "aventura".

O segredo é relaxar, colocar um som pra ouvir e deixar o barulho da máquina te levar a lugares inimagináveis...
Se você contrair a musculatura, dói mais.

No máximo, recomendo uma pomada que compra-se na farmácia.
Alguns dizem que funciona, outros não.
Vai de você... eu nunca usei.

Fico com aquela dozrinha...
Com muito prazer.


Abraços anestesiados com braços moles.