sábado, 27 de agosto de 2011

Politicamente sacana

Há tempos não escrevo sobre um tema mais "político" por aqui...
Prometi pra mim mesmo me "informar menos" sobre falcatruas políticas e mais sobre assuntos que me trazem algum sentimento bom nessa vida sacaninha.

Mas entrei no blog do Tico Santa Cruz hoje, que aliás, há tempos não entrava, e me deparei com um texto interessante que ressaltava a real importância que nós damos a determinadas coisas.

Veja um exemplo:
Eu ouvi a semana passada, ou retrasada, inteira no Facebook, pessoalmente, na padoca uma conversa do tipo "a Norma morreu e acho que quem matou blá blá blá..."
Até aí tudo bem.

Me informei sobre o assunto e descobri que a tal Norma, pra você que também não sabia, era uma personagem de uma novela da Globo, representada pela digníssima Gloria Pires.
Essa tal personagem foi assassinada e estavam procurando o culpado.
Tudo bem, faz parte da trama e tudo o mais.

Agora, sem querer ser chato ou politicamente correto, alguém se preocupou da mesma forma e indignação com o assassinato da juíza Patrícia Acioli? 
Alguém parou pra pensar no que esse crime simboliza? O fracasso de um sistema que ainda zelava por justiça?
Uma pessoa que tenta fazer justiça séria e sem firulas por aqui acaba, infelizmente, deixando seu posto de forma natural, é comprada ou sai mesmo sem querer deixá-lo.

Mas para evitar a úlcera e amenizar a gastrite, prefiro pensar positivamente:
Parabenizo os vereadores, membros da política Campineira e todos os cidadãos de bem que,de uma forma ou de outra, conseguiram afastar da politicagem sacana mais um CORRUPTO da prefeitura municipal.

Meu dinheiro não é papel higiênico e minha honra jamais será comprada.

Sejamos todos pessoas de OPINIÃO.
Será que é demais?

E, importante lembrar: NÃO CONFUNDA BICHO-GRILAGEM COM ESPIRITUALIDADE.

Vai indo que eu vou atrás.
Aquele abraço.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Um pouco só de sacanagem (parte 2)

Quinze pra uma, era hora de desligar a TV..
Mas que TV? No sítio não se leva um televisor.. só para os fracos.
Isso mesmo, quinze pra uma.. talvez dez..
Quando só corujas emitiam algum som nas proximidades, nada de vento, a janela aberta..

Qualquer cenário imaginário poderia substituir tais coisas, quaisquer pensamentos tortos..
Porque tortos, eles são.
Não somente os pensamentos.
Sentia o toque, era verão...
O toque do tempo, do mormaço que era encoberto pelos ares frescos da mata ao redor.
Um banco de madeira, as luzes à lampião...

Pode-se sentir ou tentar resgatar todas as imagens turvas dos sentidos, recuperando-se o fôlego, inutilmente, melhor deixar estar, passar, pegar, entender ou não, estender a mão...
Os toques ao alto desenvolvem para os mais inimagináveis, escondidos...
Pra que resguardar-se em um só ângulo se você pode ser tão bem mais interessante de todas as outras formas que tens?

Não limitou-se aos fatos antes descritos.. talvez por isso tivesse dado tão certo..
Talvez por isso lembrava-se de cada fragmento daquela noite.. ou dia, ou tarde..
Isso funciona como os tais "ângulos", pra que limitar-se ao tempo ou espaço, se há tantos deles em momentos inexplicáveis ou diferentes?
O "aqui e agora" já basta para um fim daqueles...

O toque dos lábios que dizem para as curvas.
Ou as curvas que dizem para os lábios..
Realmente difícil dizer ou decifrar..
Mais fácil, talvez, tentar fazer, arriscar, tornar possível um pensamento guardado..

Não que estivesse, assim, tão guardado nas profundezas da memória..
Nem precisava ir tão longe...
Longe, aliás, nunca devia existir... não ali..
Quem sabe...





segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Bobagem

Considero toda e qualquer forma de expressar sua gratidão válida.
Sem essa de pecados, certo ou errado, punições cósmicas ou castigos por toda a eternidade, se é que ela existe de fato...
Mas, por favor, não discuta algo sério acreditando ser o senhor da razão, o portador do verdadeiro conhecimento, o He-Man...

Ao mesmo tempo que o Facebook mostra-se, cada vez mais, um site de "desespero coletivo", os blogs começam a surgir com maior frequência, assim como o tal "Tumblr", que não conheço muito bem mas já me arrisquei em algumas visitas...
Digo desespero, porque com a velocidade das coisas, necessita-se de expansão, precisamos digitar, escrever, falar e colocar para fora o que nos atormenta internamente ou as nossas milhares de percepções que, se não registradas, ficam perdidas no espaço-tempo.

Existem tantos demônios que vivem internamente...
Não me venha com demônios com chifres, capas e tridentes, que eu vou rir...
Demônios estão na sua cabeça, consciência... são os obstáculos que você mesmo coloca na frente das ações, é o que te dá medo e o medo é a balança pra quase tudo..
Ele é o que decide se vai ou se fica, é a "medida da decisão".

Quando o dia amanhece mais fechado, a xícara de café e os Stones tocando na vitrola...
Não tem preço.
E é o momento certo para se pensar.
Não muito.
Na medida certa..
Até pelo motivo de que "pensar demais" também dá medo.

Mas o maior problema das pessoas não é pensar até ter medo, é ter medo de pensar.

Tiram-no os pensamentos e enganam-o com coisas que distraem, com programas onde pensa-se pouco, ganha-se nada e emburrece sua mente..
Luto internamente e agora externamente.
Pelo direito de pensar!

Não deixem tirar o teu pensamento, é a maior arma que tem.
Mesmo que pense besteira... ah, essas besteiras que me invadem...



sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Casual

Era pra ser casual, caso não fosse apenas um caso.
Mas, de fato, casar não estava em seu planos.
Era só uma cama de casal, um quarto e um Kama-Sutra.
Peraí, "só" um Kama-Sutra?

Não, não, devo estar enganado.
Era muita coisa.
Coisa alguma...
E se essa tua coisa alguma me cheirasse à adrenalina?
Talvez tivesse que botar as mãos nos córneos e pensar melhor sobre a situação...

Estava longe de ser um tédio, um teto, um tico..
Tico não, aliás, sempre foi muita coisa.
Muito espaço, muita pele, toda a pele...
Pra quem se aventura em certas coisas, há de se fazê-las bem.
Caso contrário, sempre haverá alguém para te substituir.

Ou você achou que era insubstituível?
Pode até ser... não dá pra fazer igual.
Mas melhor ou pior, dá.
Eu tomaria cuidado... ou cachaça... depende do dia e da hora.

Vamos fazer direito, Brasil!!

E me perguntaram se eu escrevo apenas com o teclado do computador...
A minha resposta é clássica, se não, estúpida: nunca escrevi com o teclado do computador.
Sempre escrevi com o coração.
E o que vem do coração sobe para a cabeça... talvez seja um Cabeça-de-Coração qualquer que ainda acredita na literatura e tenta escrever corretamente.

Mas sem essa de concordâncias, sujeito ou predicado...
Isso eu nem sei, me desculpe, professor Pasquale...

E como ouvi em um verso perdido no espaço do aparelho de som:
"Deus fez a cabeça em cima do coração, para que o sentimento não ultrapasse a razão..."

Eu vivo com a razão de estar emocionalmente endividado...

Não corrijo interpretações...

terça-feira, 9 de agosto de 2011

A prosa e a fila

A palavra, tanto escrita quanto falada, me fascina...
É com ela que você se expressa, se ilude, se beneficia, mente, ama...
Prosear é necessário.
Ao menos pra mim...
Se "amor é prosa", como disse Rita Lee, eu faço toda hora..

Pode ser com um café na mão, uma cachaça, uma cerveja, uma água... ou só deixá-las para os gestos..
Na rua, no posto, na padoca ou no telefone.
Você que escolhe o local.
Ou ele te escolhe.

Mas tem um, vou te contar mas não espalha, que é essencial pra iniciar uma prosa diversificada: a fila.
Sim, sim, na fila eu sempre faço "amigos de prosa". Não há como passar batido..
Independente do estilo, classe, credo, cor, preferências... é lá que eu me coloco como um mensageiro do prosear.
Ainda que um tanto tímido, reconheço.
A fila do banco, do caixa, do bar, da feira...

Esses amigos de prosa vão e vêm, às vezes nos encontramos novamente em alguns dias, meses ou anos em outras filas da vida... às vezes nunca mais nos veremos!
Mas deixamos ali um sinal de afinidade, com comentários ou assuntos que vão te fazer pensar pelo resto do dia, vida, ou nem um minuto após ser atendido. Tanto faz.

O que importa é que o teu prosear, o teu falar, pode mudar visões de mundo...

Eu penso assim.

Mas vai saber...
Se a gente se encontrar em uma fila eu te explico.