quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Veneno

De pouco em pouco
Tome devagar
Se tomar rápido é mais fácil engasgar
Não tema o veneno, o medo potencializa
Potencializa e afaga o teu ombro amigo
E inimigo é aquele que manda tomar
Se bem que pra ele tanto faz
O quão envenenado você vai estar
Ele sempre quer só teu pó
E se o pó também envenena, o que fazer?
Te pergunto, pois deve ter algum inimigo
Se não tiver, quero ser teu amigo!
Mas cuidado comigo
Não sofro calado e de pé me acomodo
Na mais espinhosa das paredes
Me esfrego, eu e você junto
Que gostoso, podes pensar
Mas irá se decepcionar
Enquanto tentar se afagar
Um veneno irei injetar
Na nádega que mais lhe dói
E isso você vai me falar
Até sem perceber
O que te cega me faz ver
Que o paraíso é logo ali
E não é pouca bobagem
Você fez por merecer

Voltei a escrever...
Espero não parar.

Abraços tatuadamente poéticos.