quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Essência

A velocidade me soprou perto do peito
Tirou meu ar, tinha cara, boca, dentes e desespero
De onde vinha, sabia que, bobagem minha não acreditar que ela existia
Fui em frente, perguntou-me: Aonde vais com tanta parte minha?
Sabia estar sozinho, veloz no meu caminho de pensamento
Que fala por si só, sozinho, em todo o momento
Se um dia choraria o mar, encheria a cara lá no sétimo andar
Mas me armei com fotografias do céu, chão e o mar..
Pra mostrar as coisas que o seu desespero não pode mudar
Não se compra ou vende
Tenta-se idolatrar
A velocidade, esta, que não sabe pra onde vai..
Nem se pode parar
Brecar, alcançar, chamar..
A informação lateja sua percepção de mundo,
buraco fundo da mente que esconde o desejo de realizar
O mais profano dos segredos que a velocidade, nem em pensamento, consegue alcançar
Corro até cansar...
Dou a volta e viro a encarar, despido de qualquer arma
Despido de bazuca ou pé-de-cabra
Apenas a minha essência, que não quero alterar
O que sinto, vejo e sou, ninguém me falou,
mas sei e não duvido
O essencial pra mim, sou eu quem decido