quinta-feira, 4 de abril de 2013

Pecador

Fico pensando, às vezes, em como é conveniente ditar regras para serem usadas pelos outros. Com esse pensamento indo longe, é inevitável associar isso aos tais pecados que cometemos diariamente. Pecados, segundo manda a igreja, que fique claro.

São tantos anos de histórias onde as conveniências se encaixam perfeitamente onde há pessoas que temem o dia de amanhã e as que sabem conduzir a coisa. "Manda quem pode, obedece quem tem juízo". Essa frase é enraizada na história toda, no contexto político e religioso.

Quantos temem ao seu deus, quantos temem ao pastor. Quantos tem medo de ir para o inferno? Mas.. que inferno é esse e que paraíso buscamos? Por que "lá em cima" ou "lá em baixo"? E as brasas que vão queimar quem, em vida, pecar?

Me recuso a acreditar em algumas coisas que, pra mim, são tão claras.. mas na hora de expor o pensamento para alguns, percebo o quanto essa condução temente e marcada por futuras punições movem grande parte da humanidade. Ainda vivemos uma escravidão espiritual.

Pra você ter uma ideia, assista Laranja Mecânica. Ou, se já assistiu, entende o que eu digo. Substitua o gosto pela violência pelo fanatismo religioso. Pronto, temos uma reação química perigosa, com risco de explosão.

Veja bem, seguir uma religião e desenvolver a espiritualidade são coisas completamente distintas. Mas ditar regras, criar cenários, manipular a história da humanidade como convém... é um absurdo.

Mais absurdo ainda é a igreja tentando emplacar na política. Imagine você, se ela tivesse o poder de mudar leis? Cada um cuide do que lhe cabe. Se nem os políticos dão conta da demanda de um Brasil sofrido (os que lutam por algo, claro), imagine a igreja. Seria o caos? Com certeza.

Deixa, então, eu colocar pra ti o que acredito ser um verdadeiro pecado: quando, e somente quando, o seu prazer deriva do mal de alguém.

Conhecimento é a nossa arma.

Pra dar amor, basta estar vivo. E só.