sábado, 9 de março de 2013

Tesão


Deitados na rede, no meio das árvores que balançavam à toa num dia quente. Daqueles que não se quer fazer nada, nem ver ninguém.. As vozes ao fundo, bem longe, já nada diziam, eram apenas barulhos abafados.

Percebeu que seus seios estavam um pouco de lado dentro do decote em V, próximos ao ombro dele. Evitou olhar assim, no meio daquele silêncio todo.. Não queria ser deselegante com aquela mulher que olhava para a copa das árvores e parecia pensar longe. Resolveu abraçá-la.

Não demorou para que ela retribuísse e o envolvesse em seus braços. Tocou seus lábios com certo receio de os seus não serem bem-vindos, mas foi pego de surpresa com a resposta dela. Sua boca estava quente o suficiente pra fazê-lo pirar..

Deram sorrisos tímidos até que seus lábios alcançassem seu pescoço, sua orelha, seus ombros.. Ela estava com uma blusinha preta, alças finas.. Abaixou-as para que pudesse descer lentamente para os seios, os mais bonitos que já tinha visto..

A brisa leve tocava a parte descoberta de sua blusa junto com os beijos dele que ficavam mais intensos a cada novo espaço de pele que era preenchido pelo calor de sua boca e mãos. Vozes já não se ouviam. Se houvesse mais alguém, nem saberiam mais. Ela, de olhos fechados para que nada mais atrapalhasse aquele momento, puxou a camisa dele de uma vez e o abraçou mais forte.

Ele sentia o calor debaixo dos seios dela, percorrendo, sentindo, cheirando sua barriga até o desabotoar do shortinho com os dentes. Subiu de novo, pra ter certeza de que nenhuma parte deixasse de ser beijada, ela o abraçou com as pernas e arranhou de leve suas costas..

Tirou seu shortinho e percebeu que não havia mais nada além dele, ela o conduziu com as mãos puxando de leve seus cabelos, para onde deveria ir agora. E foi, como nunca antes.. Ela puxava seu cabelo com mais força conforme ele deslizava por meio do seu tesão inconsequente..

Talvez tivessem ouvido alguém se aproximando, talvez não.. estavam em um outro mundo, separados por uma muralha invisível, ninguém podia alcançá-los.

Com um sussurro, enrijeceu seu corpo e o puxou de volta para perto, para que pudesse beijá-lo novamente,  com uma intensidade ainda maior que antes.. Ele então pode aguçar seus sentidos enquanto a rede balançava continuamente e seus corpos colados sentiam a energia que tudo aquilo transformava..

O vento voltou a soprar mais forte, ela puxou-o com mais força que antes, mordeu de leve sua orelha e relaxou.. Sentia uma eletricidade por todo o seu corpo, uma sensibilidade que nunca tinha sentido antes. Ficaram lá, por um bom tempo, sem trocar uma palavra.. O sol havia ido embora, eles demoraram para perceber..

Era hora do luau, se vestiram, saíram de mãos dadas e sentaram-se perto da fogueira.. Mas nenhum dos dois pensavam em nada mais.. A não ser voltar para a rede.